O marketing político
digital virou a pauta do momento e muitas empresas, de repente,
começaram a oferecer o serviço. Mas será que políticos, assessores e
mesmo profissionais de marketing realmente entendem o que está
acontecendo?
A tecnologia está evoluindo e com ela as
pessoas comuns, que são cidadãos, clientes e eleitores, estão tanto mais
acessíveis quanto têm maior acesso à informação e também a ferramentas
para ser ouvido. As empresas já estão em um processo natural de
darwinismo em que devem se alinhar às necessidades do público e
construir relevância na mídia social.
Para a política não é diferente: A
internet é, fundamentalmente, um ambiente democrático e faz parte do
cotidiano geral. Garantir uma presença digital passou a ser fator
crucial e natural, pois, querendo ou não, os internautas falarão das
lideranças e dos partidos na web.
Para compreender melhor esta conjuntura, existe cinco fatores que podemos levar em
consideração no marketing digital voltado para política. Confira:
Não se cria relevância nas redes com propaganda: A
construção de uma marca, seja pessoal, empresarial ou partidária, não
ocorre do dia para a noite. É fruto de um trabalho extenso e de longo
prazo, de diálogo e coerência. Assim, quando chega a época de campanha, o
que se faz no digital é muito mais efetivo, pois é autêntico.
Copiar cases não é o suficiente: O
segredo é entender bem o comportamento do cidadão na web e desenvolver
táticas específicas que maximizem seu potencial na internet. Os
candidatos a prefeitos e vereadores devem utilizar estes mecanismos para
fortalecer seu perfil e criar um diálogo confiável, com uma estrutura
profissional, respeitando as peculiaridades de suas regiões, para que se
aproximem das expectativas dos eleitores.
O “neoeleitor” é uma tendência cada vez mais presente: Este
eleitor moderno, cada vez mais digital e com uma voz que antes não
possuía, trata suas opções políticas de modo similar a um investidor na
Bolsa de Valores. Quer ser surpreendido positivamente e cada vez mais
depositará seu interesse num “portfólio” restrito de políticos com
propostas dinâmicas, visionárias e criativas.
Os grupos de pressão também evoluíram:
Os movimentos sociais de oposição e também militâncias ganharam novas
armas. Eles adquiriram maior maturidade, entendem as plataformas,
organizam-se para contrapor e se manifestar contra o que não concordam.
Um novo perfil que já vinha sendo detectado pelo mundo corporativo, de
oposição organizada às marcas, e agora se estende também à política.
Escuta estratégica é fundamental: O
eleitorado, com o advento da web social, passou a fornecer pistas e
informações vitais na condução de uma campanha e de projetos políticos.
Mudanças de rota, antes, levariam dias para ocorrer, mas a internet
levará segundos para mostrar a necessidade da adoção de táticas diversas
e eficazes. Perderá quem não perceber que o online também constitui o
real inclusive na política.
Claro, estas não são as únicas
considerações que devem ser feitas. Marketing político digital é sobre
planejamento, coerência, agilidade e relacionamento. Políticos precisam
se alinhar a este novo mundo para se diferenciar, pois o posicionamento
como liderança e a construção de uma reputação sólida dependem mais do
que nunca de se aproximar do cidadão.
Você está preparado?